A 17ª etapa é intensa como a anterior, muitos quilômetros para caminhar, com a paisagem alternando entre meseta e carretera.
A distância entre os vilarejos é bem considerado, então é melhor carregar o cantil sempre que puder e descansar sempre que possível.
O peregrino se despede de Sahagún com uma pequena homenagem e a impressionante visão do belo portal barroco de São Benito, na saída da cidade.
O Caminho Francês segue paralelo a carretera até Mansilla de las Mulas, mas em Calzado do Coto, três quilômetros depois de Sahagún, há uma grande placa indicando um Caminho alternativo, com um total de 32 quilômetros, até o destino da etapa.
Há albergues, bar e mercado em todos os vilarejos em ambas as opções, Caminho Principal e Altenativo.
Para aqueles que decidirem ir pelo Caminho Alternativo, pergunte sobre a sinalização para algum morador local de Calzada del Coto.
O Caminho alternativo cruza a linha do trem, em seguida, caminha-se por entre bosques e mato até a granja de Valdelocajos.
Um pouco mais adiante chega-se em Calzadilla de los Hermanillos.
De Calzadilla a Mansilla de las Mulas são 24 quilômetros, então convém levar algum suprimento extra na mochila.
Seguindo o Caminho em direção a Bercianos, passa-se em frente a Ermita de Nossa Senhora de Perales, séc. XVII, que infelizmente fica fechada a maior parte do ano.
A área de descanso de Bercianos fica ao redor da Ermita e fora do vilarejo, mas no centro, se pode encontrar uma bebida gelada no bar. Uma parada, estratégica, para descanso é uma boa idéia.
Iniciando a segunda parte da etapa, em direção a El Burgo Ranero, com oito quilômetros de distância, seguimos novamente paralelo a carretera local.
A paisagem monótona e repetitiva faz com que o peregrino rapidamente chegue ao próximo vilarejo.
Um cruzeiro, em memória aos “niños”, sauda os peregrinos na entrada do vilarejo.
As setas amarelas seguem reto em direção a Reliegos, mas devido a distância é conveniente parar para hidratar-se e descansar um pouco.
O bar em El Burgo Ranero se encontra próximo a carretera e ao albergue de peregrinos.
Após o devido descanso, inicia-se a terceita parte dessa etapa, com treze quilômetros. Convém recarregar água do cantil, pois a caminhada é longa.
A laguna de la Manzana encontra-se na saída do vilarejo. Uma pequena reserva de proteção ambiental para a fauna e flora local. O Caminho segue rodeando a reserva até seguir pelo passeio paralelo a carretera.
Dependendo da época que você passar por este trecho, a paisagem alterna entre plantações de cereais a de campos prontos para o plantio.
Alguns pontos de descanso surgem de surpresa e fica ao critério do peregrino a necessidade de parar.
Assim, o Caminho Francês segue até Reliegos, que surge no meio do nada, com uma estranha e peculiar construção.
Uma casa tradicional de barro, ou adobe, e ladrilhos, é utilizada como bodega e ponto de encontro dos moradores locais.
O mais interessante é que a casa foi construída quase que totalmente debaixo da terra.
Próximo dali há um bar e um pouco mais a frente o albergue de Reliegos, com bar anexo.
Agora o perregrino inicia a quarta, e última, parte dessa etapa, mais seis quilômetros de caminhada até a pequena cidade de Mansilla de las Mulas.
Na saída de Reliegos, uma seta indica a distância de uma légua até Mansilla. Daí se origina o refrão de uma canção local, “de Reliegos até Mansilla, uma légua bem medida”, ou seja, 5.914 metros de estrada.
Essa distância pode ser percorrida em uma hora e meia no máximo, pois o Caminho segue as mesmas condições anteriores e paralela a carretera local.
Após passar por baixo das torres de eletricidade e em seguida cruzar o viaduto sobre a carretera nacional, o peregrino já se encontra nos limites de Mansilla de las Mulas.
Descobre-se que esta cidade foi murada quando se olha para o mapa na entrada da cidade.
O albergue municipal é bastante concorrido, 70 camas, com cozinha e internet. As hospitaleiras ainda curam as bolhas dos pés do peregrinos.