Sobre:

A Vieira - Símbolo dos Peregrinos

Vieira, simbolo peregrino


Reza a lenda que todo peregrino que chegava em Santiago de Compostela, ia para Finisterra para pegar uma concha do mar, também chamada de Vieira, para provar que ali estivera.


A concha de vieira, facilmente encontrada nas costas da Galiza, é desde há muito tempo o símbolo do Caminho de Santiago e dos seus peregrinos.


Ao longo dos séculos, a vieira ganhou significados míticos, metafóricos e práticos, se bem que possivelmente a sua relevância se deva ao desejo dos peregrinos e visitantes de Compostela levarem para casa uma recordação.


As duas versões lendárias mais comuns sobre a origem do símbolo relacionam-se com a morte de Santiago, que foi decapitado em Jafa ou Jerusalém em 44 d.C..


Segundo a tradição, ele teria passado algum tempo pregando o Evangelho na Hispânia, mas voltou para a Judéia depois de ter tido uma visão da Virgem Maria na margem do rio Ebro.





A concha de vieira também é uma metáfora. Os sulcos radiantes na concha, que se juntam num só ponto, representam as várias rotas usadas pelos peregrinos, que acabavam por chegar todos ao mesmo destino — o sepulcro de Santiago em Compostela.


A concha além disso é uma metáfora do peregrino: como as ondas do oceano arrastam conchas de vieira para as costas da Galiza, a mão de Deus guia os peregrinos para Santiago.


A concha tinha também utilidade prática para os peregrinos, pois tem o tamanho adequado para tirar e beber água das fontes e para servir como tigela de comida.


Tradicionalmente, a vieira é pendurada no chapéu, outro artefato típico do peregrino, ou então na roupa.


No passado, os peregrinos apresentavam-se em igrejas, castelos, mosteiros, etc. ao longo do Caminho e podiam contar com oferta da comida que conseguissem recolher com uma colherada da concha.


Provavelmente davam-lhes aveia, cevada e talvez cerveja ou vinho. Dessa forma, até as casas mais humildes podiam ser caridosas com os peregrinos sem risco de serem sobrecarregadas.




Simbolo Templario em Carrion de los Condes



A vieira como animal está associada a Santiago nos léxicos de várias línguas; coquille Saint Jacques ("concha de Santiago") designa o molusco e o molho com o qual é geralmente preparado em francês; em alemão as vieiras são chamada Jakobsmuscheln (literalmente "mexilhões de Santiago").


Hoje em dia, a Vieira é utilizada para identificar os peregrinos da era moderna e podem ser encontradas em todas as cidades que fazem parte do Caminho.


Me disseram que ao chegar a Finisterra eu deveria jogá-la do Canal de Finisterra (lá do Farol), posso dizer que não tive a coragem de me desfazer de tamanho símbolo e que me acompanhou desde o início da caminhada.


A espada dos Templários também é bastante conhecida em todo o Caminho de Santiago, pois na Idade Média os Cavaleiros faziam a peregrinação até Santiago para se penetenciarem pelas atrocidades cometidas nas Cruzadas, obtiam assim a indulgência da Igreja pelos seus pecados.


Tá certo que naquela época eles iam montados em seus cavalos, mas os caminhos eram mais difíceis, com lobos, ladrões e assassinos.


Não havia sinalização e nem os albergues de hoje, acredito que era por isso que os albergues da Idade Média eram chamados de hospitais ou hospícios de peregrinos, normalmente mantidos pela Igreja, para que eles pudessem ter um pouco de curativos para o corpo e alma!


As setas amarelas se tornaram o símbolo moderno do Caminho de Santiago, por estarem sempre marcando a rota corretamente e em muitas vezes desejamos vê-la para confirmar que não estamos perdidos.


Ela se tornou um símbolo comercial forte, você encontra nas camisetas, casacos, bonés, chaveiros, etc,...




Alguns peregrinos tatuam as setas em seu corpo assim que chegam em Santiago, para mostrar que o Caminho de Santiago está marcado em sua mente, no seu corpo e em sua alma!


Rota do Caminho Francês














topo