Esta etapa se inicia com 92,5 Kms até Santiago de Compostela, mas como não é uma corrida, esse percurso será divido em quatro etapas.
A estratégia é começar a caminhar cedo e terminar a etapa cedo, assim se consegue chegar na frente dos turisgrinos e garantir uma boa estadia nos albergues da Junta da Galícia, que mesmo sem utensílios em suas cozinhas, são destinadas exclusivamente para peregrinos.
Seguindo em direção a entrada da cidade, as setas amarelas passam pela Igreja de San Nicolás e descem até a passarela de metal sobre o rio, dando um frio na barriga.
A partir desse ponto o Caminho Francês segue vezes por trilhas entre bosques e vezes margeando a carretera, com pequenas aldeias e marcos indicativos no trajeto.
Em Gonzar, 8 kms depois e boa subida, encontra-se albergue, a Igreja de Santa Maria e bar, uma oportunidade para tomar café da manhã.
Mais adiante, encontra-se a aldeia de Castromaior, com bar e Igreja Românica do séc. XII.
A subida continua paralela a carretera até Hospital de la Cruz, com albergue e bar.
Muito cuidado ao transitar pela carretera e lembre-se de seguir sempre na direção oposta a dos carros.
Chega-se então ao vilarejo de Ventas de Narós, com albergues e bar. Na saída da aldeia se encontra uma pequena capela reconstruída recentemente.
Na serra de Ligonde, o marco de cimento informa que faltam apenas 76,5 Kms até Santiago. A serra divide as bacias dos rios Miño e Ulla, muito importantes para a região.
Em meio a descidas e subidas, chega-se a Lameiros, com a capela de San Marcos e o famoso cruzeiro de Lameiros.
Colocado no Caminho Francês em 1670, tem a imagem de Jesus de um lado e da Virgem de Dolores do outro, pode-se ver imagens retratando o calvário de Jesus em sua base.
Não muito distante, chega-se a aldeia de Ligonde, com albergues e bar, passando pela cruz que indicava o antigo cemitério de peregrinos.
A aldeia teve dois ilustres convidados, Carlos V no ano de 1520 antes de ser coroado imperador e, em 1554, Felipe II em sua viagem a La Coruña.
Sendo área de economia rural, é muito comum o peregrino encontrar com rebanhos de gados ou avelhas transitando junto as pequenas estradas e trilhas.
Não é necessário entrar em pânico, apenas aguarde no recuo da estrada a passagem do rebanho e prosiga em seguida.
Em menos de 1 km, chega-se a aldeia de Airexe, onde se encontra albergue, bar e a Igreja de Santiago em estilo neoclássico.
Caminhando mais 2 Kms, chega-se a aldeia de Portos, com albergue e bar, aqui o peregrino já se encontra nas imediações do Concello de Palas de Rei.
As pequenas aldeias vão surgindo a passo que o Caminho Francês avança em direção ao centro urbano de Palas de Rei.
O primeiro a surgir é Lestedo, onde se encontra albergue e bar. Em seguida a aldeia de Valos, A Mamurria e A Brea.
Deixando a carretera o Caminho segue por estrada paralela até Avenostre e Rosário, onde os peregrinos rezavam um rosário.
Uma lenda antiga conta que, os discípulos de Santiago domaram os touros selvagens que habitavam esses campos, utilizando os touros para transportar o corpo do santo apóstolo até o bosque onde foi enterrado.
Chegando em Chacotes, o peregrino encontra com o albergue da junta da Galícia, 110 camas, com área recreativa e pouca estrutura nos arredores.
Um pouco mais adiante chega-se ao centro urbano de Palais de Rei, com outro albergue da junta, 60 camas, e outras opções de hospedagens.
Palais de Rei conta com bares, restaurantes, mercado e toda a estrutura que o peregrino necessita.
Há um mercado na praça próxima ao albergue público, onde o peregrino pode comprar frutas e legumes frescos, colhidos nas plantações familiares da região.
Outra especialidade regional é o queijo, em forma e nome nada convencionais, chamado de teta de moça pela sua forma.
Na Igreja de San Tirso, o peregrino encontrará os únicos vestígios da idade média e do passado histórico de Palais de Rei.