Nesta etapa, o Caminho Francês recebe os peregrinos que percorreram o Caminho Primitivo em Melide e os que percorreram o Caminho do Norte em Arzúa.
A concorrência para se conseguir uma cama nos albergues públicos aumenta. Mas isso não é motivo para preocupação, já que há bons albergues privados, com serviços e preços variados em todas as cidades.
Essa etapa também é conhecida por “rompe pernas”, pelo seu percurso em forma de tobogã, com subidas e descidas constantes.
Uma estátua de peregrino, próximo ao albergue, indica o Caminho por onde seguir e uma outra escultura, agora de dois peregrinos dançando, é o local de despedida de Palas de Rei.
As setas por vezes seguem paralelas a carretera e por vezes entre trilhas abertas no bosque, onde o Caminho é rodeado de carvalhos centenários e eucaliptos novos.
Os marcos de cimento, indicando a distância até Santiago e a aldeia por onde passa o Caminho Francês, vão surgindo a todo instante.
Assim se chega em San Xulián do Camiño, onde se encontra uma pequena Igreja Românica, séc. XII, albergue e bar.
Na Galícia é muito comum encontrar cebolas, espigas de milho, alho e diversos temperos secando num pequeno celeiro suspenso em frente as casas, são chamados de Hórreo.
Avançando pelo bosque de Fangorn chega-se em Pontecampaña e posteriormente a Casanova, ambas as aldeias contam com albergue.
Não muito distante o peregrino cruza com a aldeia de Porto de Bois, lugar que no passado foi palco de batalha entre Enrique II e o derrotado Conde de Lemos.
O peregrino se despede de Lugo ao atravessar a pequena aldeia de Campanilla e onde a aldeia de O Coto dá as boas vindas em La Coruña, com um pequeno mercado e bar.
Saindo de O Coto, as setas amarelas seguem em direção de Leboreiro, que na antiguidade era conhecida como campo das lebres.
O Caminho passa em frente a um imenso Cesto, que era utilizado para conservar o milho na era medieval e onde por detrás se encontra a Igreja românica de Santa Maria, uma das atrações do Caminho Francês.
Saindo de Leboreiro por ponte medieval e seguindo pelo acostamento da carretera, encontra-se várias placas que listam os nomes dos Cavaleiros e Damas de Melide que já realizaram o Caminho de Santiago.
Uns metros mais a frente, encontra-se uma fonte de água potável, indicada por uma espada templária.
Em San Xoán de Furelos, o peregrino encontra um pequeno bar. Na aldeia é possível visitar a capela de San Roque e seu cruzeiro do séc. XIV.
Quase 3 Kms depois, o peregrino se encontra em Melide, com albergues, bares, restaurantes, caixa eletrônico, farmácia, mercado e etc.
Em Melide é possível visitar o museu da Terra de Melide, o Convento e Igreja do Sancti Spiritus e a capela de Santo Antonio.
Quem passa por Melide não pode deixar de comer “pulpo”, especialidade da cidade, acompanhado de uma taça de vinho branco Ribeira.
Na saída de Melide ainda é possível visitar a Igreja de Santa Maria de Melide, séc. XII, única em estilo românico de toda a Galícia.
Atravessando uma pequena ponte e seguindo pela estrada de pedras, chega-se na Paróquia de Furelos, onde é possível visitar a Igreja local.
O bosque de eucaliptos segue em direção a aldeia de Boente, onde se encontra albergue e bar. Nas imediações da aldeia ficavam os fornos de cal, onde os peregrinos depositavam a pedra que traziam desde Triacastela.
Em Castañeda, com albergue-bar, o peregrino já se encontra nos arredores de Arzúa e segue ainda por entre bosques de eucaliptos.
Atravessando a ponte medieval de Ribadiso de Baixo, o peregrino encontra uma ótima opção de hospedagem antes de chegar a Arzúa, que está a 3 Kms de distância.
Seguindo em frente chega-se ao destino da etapa pela rua principal, onde estão a maioria dos albergues privados, bares, restaurantes e todo o tipo de comércio.
Deve-se seguir até o final, pegar a esquerda na Igreja de Santiago, para se chegar ao albergue da Junta da Galícia.
Arzúa é muito conhecida pela variedade de queijos produzidos na região.