A etapa se inicia com um desayuno tradicional de Astorga, a especialidade é chocolate quente com churros.
Alguns bares e restaurantes abrem cedo para atender a demanda de peregrinos que pernoitam na cidade.
O percurso até Foncebadón é tranquilo, com um acentuado e longo aclive que vai de Murias de Rechivaldo até Foncebadón.
Antes de partir de Astorga, que tal fazer um pequeno tour pelo centro histórico da cidade?
Comece pelas escavações localizadas em frente ao albergue de peregrinos, passando pela plaza del Ayutamiento, Palácio Episcopal, Muralhas da Cidade e por fim pela Catedral de Santa Maria.
Algumas oportunidades não podem ser descartadas, então verifique a quantidade de dinheiro que possui, pois o próximo caixa eletrônico só em Molinaseca.
Saindo de Astorga pelas calles ainda vazias, o Caminho Francês prossegue paralelo a carretera local, passando em frente a residência de San Francisco de Assis e posteriormente pela Ermita japonesa de Ecce Homo, séc. XVIII, muito visitada pelos peregrinos em busca de mais um selo em sua credencial.
Em Valdeviejas, distante 2,6 Kms de Astorga, o peregrino encontra albergue e bar, 2 Kms adiante, o Caminho atravessa o vilarejo de Murias de Rechivaldo, de população maragata, que conta com três albergues e bar.
A Igreja Paroquial de San Esteban em Murias, séc. XVIII, tem relações jacobeas, possui um relevo de la Virgen del Pilar sobre o batente da porta e uma estátua de San Roque Peregrino em seu interior.
Passado Murias, as setas seguem por trilha em meio ao mato e bosque, onde com muita sorte é possível ver pequenos animais silvestres, como coelhos e cerdos.
Ao fundo é possível ver os cumes, muitas vezes cobertos de gelo, do Monte Irango.
Em Santa Catalina de Somoza, com albergues, bares e a Igreja Paroquial de Santa Maria, o peregrino encontra uma belo lugar para descanso.
Na localidade é possível adquirir através de doação, um bastão, cabaça ou vieira, feitos a mão por um ancião do vilarejo, para isso é só se dirigir a casa n° 76 da calle Real.
Com um novo souvenir, o peregrino segue adiante em direção a El Ganso, que conta com albergue e bares, pela estrada paralela a carretera local.
Uma cruz de madeira dá boas-vindas ao peregrino ao vilarejo e um pouco mais adiante se encontra uma fonte de água potável junto a Igreja Paroquial dedicada à Santiago. Em seu interior se encontra uma bonita estátua do Apóstolo do século XVI.
Na saída de El Ganso encontra-se a área, bem preservada, de descanso destinado aos peregrinos.
Seguindo em direção a Rabanal del Camino, o Caminho não é muito diferente da trilha percorrida até o momento, tendo um ou outro animal silvestre como distração.
Surge então uma cerca, onde alguns peregrinos a enfeitam com pequenas cruzes feitas de galhos e madeira. Um pequeno plágio da cerca encontrada anteriormente na etapa após Logroño.
Chegando em Rabanal del Camino, o peregrino encontra boas opções de hospedagens, além de bar, restaurantes e mercado.
No Hospital de San Gregorio é possível ver uma celebração eucarística, às 18hs00, toda em cantos gregorianos.
A cidade é conhecida por ter sido protegida na era medieval pelos Cavaleiros Templários de Ponferrada, que eram responsáveis pela segurança de toda a região de El Bierzo.
Foi em Rabanal del Camino o lugar onde o Rei da Espanha Anseïs desposou a princesa Sarracena Gaudisse e também foi local de parada do Rei Felipe II em sua peregrinação à Santiago, histórias do Caminho.
Antes de prosseguir viagem, principalmente no inverno, é bom verificar o funcionamento e a lotação dos albergues em Foncebadón.
O vilarejo surge após cinco quilômetros de caminhada, com albergues, Igreja paroquial, bar e um pequeno mercado.
A aparência do povoado remete o peregrino de volta ao passado, aos tempos dos grandes Cavaleiros Templários.