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Pelo Caminho:
Fotos da etapa:
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Santander / Santillana del Mar - 37.5 km
Em Santander inicia-se a última etapa do Caminho do Norte em terras Cantáricas, um pouco longa, mas pode-se ser feita em dois dias, dependendo das condições físicas do peregrino.
Para aqueles que iniciaram em Irún é apenas uma etapa tranquila, com poucos desafios físicos, muito asfalto para sair da cidade e com altitude máxima de 120 metros.
Em 2012 eram poucas as opções de hospedagem, mas com o aumento da demanda de peregrinos a oferta de albergues e estrutura dedicada ao peregrino aumentou bastante em todos os Caminhos rumo à Santiago de Compostela.
No Caminho do Norte não foi diferente, assim o peregrino tem opção de albergue em Santa Cruz de Bezama e Requejada antes de chegar em Santillana del Mar.
Fazendo uma breve referência aos alertas de Padre Ernesto de Güemes, o peregrino deve tomar muito cuidado para não caminhar sobre a linha férrea nos arredores de Requejada, além dos habituais cuidados ao caminhar pela carreteira.
Sabendo que a etapa pode se prolongar por mais de 10 horas de caminhada e dependendo da estação do ano, muitos peregrinos preferem iniciar bem cedo para evitar o sol, companheiro certo na parte da tarde.
Então o conselho básico é: tomar um café da manhã reforçado, não carregar grande quantidade de mantimentos e água, pois há muitos bares onde se pode parar, tomar um refresco, café ou caña e descansar para seguir adiante.
Assim o resumo da primeira parte da etapa é a seguinte: caminha-se quase que paralelamente aos trilhos do trem até a Santa Cruz de Bezama, local onde se tem albergue e bares próximo.
Seguindo adiante em direção à Boo de Piélagos, encontra-se a marcação de 560 km para chegar em Santiago e desde aí deve-se contornar a Ría del Pas para realizar a travessia para o outro lado.
Pode não parecer, mas a metade da etapa fora concluída até a este ponto, quase vinte quilômetros de caminhada.
Como esta primeira parte não oferece muitos desafios, pode-se dizer que menos de cinco horas de caminhada o peregrino gasta para chegar aqui.
Passando para a segunda parte, o Caminho do Norte segue agora paralelamente à Carreteira Nacional A-67 até Requejada e como a paisagem não ajuda muito, os oito quilômetros são percorridos em menos de duas horas.
Lembrando que em Requejada foram abertos dois albergues destinados exclusivamente para peregrinos, não são grandes, mas oferecem acomodações dignas em troca de preços modestos e estão disponíveis durante todo o ano.
Ambos os albergues estão situados próximos à carreteira N-611, companheira de estrada até a travessia do Rio Saja, onde o Caminho segue posteriormente pela CA-132 e CA-340 até chegar aos arredores de Santillana del Mar.
O tempo parece ter parado para esse pequeno vilajero que tem mar no nome e não em seus arredores, pelo menos não em menos de três quilômetros.
Ao entrar na cidade é como realizar uma viagem no tempo, ou melhor para a idade média, onde cavalheiros deviam passar muito por ali.
Santillana del Mar conta com um magnífico património, encabeçado pela colegiata de Santa Juliana, jóia do românico a partir da qual surge a configuração urbana desta vila costeira.
Alimenta um monte de casas e palácios do século XVIII, mandados construir pelos emigrantes que voltaram ricos à sua terra natal. É considerada uma das vilas mais belas de toda a Espanha.
Há um dito popular que diz que Santillana é a vila das 3 mentiras: não é santa, tampouco llana (em português: relevo plano), devido às suas ladeiras, e nem está situada na costa, apesar da proximidade com o mar. *
O nome se origina de Santa Juliana, mártir crista que foi decapitada sob as ordens de Diocleciano no séc. III, por não renegar sua virgindade e inabalável fé. *
A vila desenvolveu-se ao redor de um antigo monastério que custodiava as relíquias da santa, construído entre os séc. VIII e IX. *
O traçado urbano gira em torno às duas praças que representam os poderes dominantes: a da Colegiata de Santa Juliana (eclesiástico), e a praça de Ramón Pelayo, onde se aglutinam a Prefeitura (barroca), a torre de São Borja (séc. XV) e a do Merino, cujo nome refere-se ao local onde residia o merino ou funcionário do rei (civil). *
Dentre sua oferta cultural, destacam os museus da Inquisição e de Jesus Otero, cujo jardim está adornado com estátuas. *
A escassos quilómetros do pueblo se encontra um dos maiores tesouros arqueológicos de Espanha: a famosa Caverna de Altamira, considerada a “Capela Sixtina da Arte Paleolítica”.
A caverna de Altamira faz parte do Patrimônio da Humanidade da Unesco, mas encontra-se fechada para a preservação da história da humanidade. *
A cidade apesar de pequena oferece toda a estrutura para uma boa estadia para os peregrinos, o albergue está próximo ao centro e possui quase a mesma estrutura dos albergues de Requejada.
Abaixo você encontra a relação de albergues da etapa e a possibilidade de reservas, mais abaixo você pode deixar a sua crítica, comentário e sugestão. Se gostou do que leu não se esqueça de dar um like!
Próxima etapa Santillana del Mar à Comillas.
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