Nessa etapa o peregrino têm duas opções de início, tradicionalmente a etapa começa em Muros de Nalón, mas como esta etapa foi realizada até San Sebastian em 2012, ambas as informações serão disponibilizadas aqui para informação.
Para aqueles que efetuaram o desvio à San Esteban na etapa anterior, terão que caminhar um pouco mais de quem preferiu ir para Muros de Nalón, adiferença entre os dois percursos são aproximadamente de quatro quilômetros.
A diferença entre os dois trajetos estão em suas paisagens, um pela costa e o outro pelo interior, em estradas secundárias e com a travessia a um pequeno monte, nada cansativo e sem dificuldades para o peregrino.
A alternativa por San Esteban leva o peregrino a subir a enconsta em direção ao Mirante do Espírito Santo e percorrer a rota dos mirantes até a praia de Aquilar pra depois seguir para a localidade de El Pito, onde as duas rotas se encontram. enfim, Caminhos!
Assim, a saída de San Esteban se estende pelo passeio marítmo em direção à praia do Garrucho devendo o peregrino pegar o caminho à direita no final do estacionamento, subindo a trilha que leva ao Mirante do Espírito Santo.
A rota dos Mirantes está bem sinalizada e possui uma das mais belas vistas da Costa do Norte da Espanha, são ao total de oito praias e cinco mirantes para desfrutar dessas belezas naturais asturianas, o que vale à pena o desvio e os quilômetros percorridos.
O peregrino ainda poderá escolher se quer caminhar um pouco com os pés descalços pelas areias da praia de Aquilar antes de seguir os últimos quilômetros para chegar à El Pito, onde serão percorridos pela carreteira local AS-317.
Para os que saírem de Muros de Nalón, o percurso vai em direção a estação de trem, onde o peregrino deverá por baixo da linha do trem para em seguida subir o Barranco de Santa Olaya, um pequeno monte de 120 metros de altitude.
A caminhada até El Pito é rápida, de apenas 4,5km, ao descer o monte e acessar a carreteira local, o peregrino já se encontra nos arredores da localidade e em poucos minutos já é possível ver o Palácio de Selgas, onde o passeio em suas dependências se faz obrigatório.
O complexo de palácio e seus jardins paisagísticos, foi construído entre 1880 e 1895 por iniciativa dos irmãos Ezequiel de Selgas Albuerne e Fortunato de Selgas: o primeiro, um empresário de sucesso em Madri, forneceu os meios financeiros para a realização do projeto, enquanto o segundo, historiador e amante da arte, foi que desenvolveu o projeto histórico e arquitetônico.
A mansão preserva sua decoração original quase intacta e abriga pinturas de grandes mestres como Goya, El Greco, Luca Giordano, Corrado Giaquinto e Vicente Carducho; Uma variedade de móveis, têxteis, ouro e talheres, ventiladores e porcelana européia e oriental os cobrem.
Os jardins de 9 hectares são um compêndio de paisagismo europeu e estão entre os mais relevantes da Espanha. É popularmente conhecido como Versalhes asturiano. Devido as constantes interrupções para manutenção, nem sempre está funcionando, então se tiver a oportunidade, visite-o! (* Wikipedia)
Próximo ao Palácio também é possível conhecer a Igreja de Jesus de Nazaré, que, apesar de estar do outro lado da carreteira CU-2, também faz parte do projeto dos irmãos Selgas. Foi inaugurada em 1914 pela infanta e princesa das Astúrias, Dona Isabel de Borbón e Borbón.
A cripta é o local do panteão da família, mas o mais importante da Igreja é a existência do altar religioso mais antigo da Espanha, datado no século VIII e erguido pelo rei Silo como um altar na igreja de Santianes de Pravia.
O altar foi comprado por Fortunato de Selgas em uma taberna em Pravia por 25 pesetas em 1905, onde serviu de mesa. Nas laterais também existem dois portões pré-românicos, também da Igreja de Santianes de Pravia.
No início de 2008, o altar e os portões foram transferidos para uma sala no palácio. (* Wikipedia)
Os dez quilômetros seguintes serão através de campos e pequenos montes, onde a elevação máxima é de 200 metros de altitude.
O peregrino deixa El Pito por uma estrada e cerca de quatrocentos metros depois segue por uma trilha e desce até o riacho San Roque.
A partir daí, o Caminho segue por estradas locais até chegar novamente à N-632, no auge de El Manto e pega-se uma trilha que sobe até a metade do monte, cruzando o riacho de Santa Ana até Rellayo.
Continuando pela N-632 e chegando a localidade de La Magdalena, cruza novamente os trilhos de trem, descendo até encontrar o rio Uncín e mais uma vez, subir ao monte de El Ribete para em seguida atravessar o Nacional A-8, também conhecida como viaduto da Concha de Artedo.
Rodeando o monte por estrada de terra e passando pelo Arroyo del Abango, o peregrino chega a localidade de Mumayor, onde é possível ver a carreteira N-632.
Continuando pela estrada local, novamente por trilhas de terra em paralelo a carreteira e passando pela localidade de La Fontona, o peregrino retorna à N-632, seguindo por ela até Soto de Luiña, cidade acolhedora e que sabe tratar bem os peregrinos que ali chegam.
Como todo o movimento da cidade se apresenta ao redor da Igreja de Santa Maria, onde se encontra o antigo Albergue de Peregrinos, é possível que as portas se encontrem fechadas, mas é só ir ao bar "Ecu" para encontrar mais informações.
A Igreja de Santa Maria foi construída no séc. XVIII, juntamente com o Hospital de Peregrinos. Foi construída em uma capela ou ermida anterior, localizada em uma antiga nascente que dava ao local um certo caráter divino.
O retábulo-mor, em estilo barroco, é dedicado a Nossa Senhora da Humildade, à direita, o retábulo do Rosário, está representada a Árvore da Vida de Jesus e à esquerda, o retábulo de Santa Inés, onde está representada a Árvore do Nascimento de Jesus.
O albergue municipal funciona com estrutura modesta, mas satisfatória. É recomendável entrar em contato na alta estação para verificar a disponibilidade.
Abaixo você encontra a relação de albergues da etapa e a possibilidade de reservas, mais abaixo você pode deixar a sua crítica, comentário e sugestão.
Próxima etapa de Soto de Luiña à Almuña.